Imaginarias Férias de Verão
No final de um dia de trabalho corrido e complicado que parecia não ter fim, aliviado lembrou-se que na segunda -feira começaria suas férias.
Como sempre fazia, iria para o litoral...
Na pensão de costume acertou sua estadia, no quarto devidamente instalado desfez a mala ajeitando tudo no pequeno guarda roupas, desceu tomou um ligeiro café,como a noite ja estava chegando e um pouco cansado da viagem de carro, resolveu tomar uma ducha e dormir.
Dia seguinte;
Ja no calçadão da praia respirou fundo... Certamente iria se dar ao luxo de suas merecidas férias.
Afinal era só chegar,encontrar um banco sentar sentir a brisa do mar e apreciar o burburinho dos turistas que andavam de um lado para outro em seus floridos trajes de verão.
Fazia deste prazer o exercicio de sua mente, viajava no imaginário.
Era inicio de uma tarde alegre, ensolarada refrescada pelo vento que trazia uma suave brisa do mar.
...Eram dez dias de fevereiro do ano passado; No ar ainda havia a euforia do ano novo, que mal se iniciava...
Como era bom estar ali,assim entregue a si mesmo.
Absorto no movimento ao seu redor, chamou sua atenção um ciclista pedalando em sua magrela cor de laranja cintilante,tinha no guidão uma buzina meio bizarra. Sorriu...Pensou com seus botões coisas de jovens!
O rapaz pedalando com destreza aos poucos foi sumindo de sua vista...
Transposto com Imaginário;
Nando era o nome do ciclista,\ ouvira de alguém que gritara por ele\ enquanto na concorrida ciclovia olhando para frente o vento refrescava seu rosto, pedalava, pedalava...
Na mente do observador habitavam pensamentos, misturando o hilário aos fatos.
O relogio anda...
O ciclista pedalando alimenta a alma, voltando os olhos observa o horizonte... Céu e mar apaixonados beijam-se em águas espelhadas.
O relogio anda...
Deixa-se levar por sua magrela, coração; tum, tum...
Garganta seca,
Uma sombra, água de côco geladinha! Uau!
Na barraca a musica é cúmplice de seus pensamentos...
Ela, linda menina!... Ao contrario do que desejou ela segue...ficou sem graça.
Enquanto no chão, as folhas secas apaixonadas rolam enroscando-se na roda de sua magrela.
Neste torpor desperta com o vibrar de um Gol...Molques jogam bola na areia.
Pedalando, pedalando continua num tempo todo seu...
No caso do acaso dizem que nada é por acaso.
Ele o observador no banco do calçadão, estaria ali por acaso?!
O relógio não para...
Ainda detido em seus devaneios vê retornar o ciclista.
Pedalando, pedalando até sumir nas entrelinhas de sua escrita imaginaria.
Nos primeiros raios do pôr do sol, chega também o limite do vaguear de sua tarde, quais imagináveis viriam se juntar a tantos pedalares de caso e acaso...
Fica assim...
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