Postagens populares

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Alem das Janelas

Em caminhos certos , como incertos
Tal como abismo não imagináveis
Como nos sonhos vai caindo lentamente...
Neste estranho caminho,

Vê paredes sem janelas.
Um espaço de começo sem fim...
Reluz o fio prata em cabeça de anjo.
Ainda inerte... Sonhos sem cores de sentimentos,

Nas embaralhadas turvas lembranças,
Em evidencias sensíveis,
Percebeu estar alem da linha da compreensão...
De alma sem corpo,
Partiste sem despedir.

Anna Ribeiro
***

No Olhar do Tempo

Absorta em canteiros de amor - perfeito
Tento plantar vida em palavras
Olhar no espelho, ir além de minhas rugas
Virando dia e noite virar viramundo,
Correr o mundo como bolhas de sabão.

Como poetisa, ver a lua do meio dia!
Beijar o sol do meia noite!
Gracejando as lembranças da infancia,
Cantarolar, Da abóbora faz melão...

Deitar na grama, viajar nas nuvens,
Sol e chuva, pisar na poça d'água.
Correr atrás da borboleta,
Piscar para o beija-flor!

De saia rodada,
Rodopiar ao vento,
Ouvir a Fada ou a Bruxa!
Enquanto a alma viaja em prazeres...
 
No jardim do amor-perfeito
Das petalas jogadas ao tempo
Apenas palidas saudades.

Anna Ribeiro.
***

terça-feira, 14 de junho de 2011

Sufoco

A volúpia da musica
 Leva-me a transcender.
...Da ausência,
Todas as lembranças.

Ao acaso das petalas jogadas,
Ainda que da foto rasgada.

Você ainda presente.
Em mim?!
Apenas saudade.

Anna Ribeiro.

Art/ grafite.

Trovas / Anna Ribeiro

   Em paginas amassadas
Poemas de rosas
Em folhas rasgadas
Lembranças amargas

Nº 2

A noite passa
Repete suspiros e tremores
No coração repassa
Sonhos e Amores.

Nº 3

Entre ramos e flores
Canta o Bem -te-vi!
Declarando amores,
Que madrugada ouvi

***
Tela / criação própria.

Breves Minutos


Olhando o relogio
Hora, que foram sinopse
Na incerteza...
Darei cordas as palavras

No que me diz em horas,
Versos em nuances de esperanças
Precisarei acordar...
Mas... Rodando os ponteiros da vida

Estarão pendurados em cordas,
todos os tempos incertos que me foram impostos

Ainda assim, quero ser feliz!
Que seja por breves minutos.

Anna Ribeiro.

Que, Querer...

Deste amor que atravessa meu coração
Neste quase louco viver
Quero apenas sentir você.
Amor que me enrosco, Ah de mim!


Quem me condena,
Este não sabe amar.
Quem estes versos ler;
Podera deste nem entender...

Que diga em seus versos,
Que do amor, 
O veneno não bebeú.

***

Tela/ criação própria.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

CONTO-/ Anna Ribeiro

Imaginarias Férias de Verão
 
No final de um dia de trabalho corrido e complicado que parecia não ter fim, aliviado lembrou-se que na segunda -feira começaria suas férias.
Como sempre fazia, iria para o litoral...
Na pensão de costume acertou sua estadia, no quarto devidamente instalado desfez a mala ajeitando tudo no pequeno guarda roupas, desceu tomou um ligeiro café,como a noite ja estava chegando e um pouco cansado da viagem de carro, resolveu tomar uma ducha e dormir.

Dia seguinte;

Ja no calçadão da praia respirou fundo... Certamente iria se dar ao luxo de suas merecidas férias.
Afinal era só chegar,encontrar um banco sentar sentir a brisa do mar e apreciar o burburinho dos turistas que andavam de um lado para outro em seus floridos trajes de verão.
Fazia deste prazer o exercicio de sua mente, viajava no imaginário.

Era inicio de uma tarde alegre, ensolarada refrescada pelo vento que trazia uma suave brisa do mar.
...Eram dez dias de fevereiro do ano passado; No ar ainda havia a euforia do ano novo, que mal se iniciava...
Como era bom estar ali,assim entregue a si mesmo.
Absorto no movimento ao seu redor, chamou sua atenção um ciclista pedalando em sua magrela cor de laranja cintilante,tinha no guidão uma buzina meio bizarra. Sorriu...Pensou com seus botões coisas de jovens!
O rapaz pedalando com destreza aos poucos foi sumindo de sua vista...

Transposto com Imaginário;

Nando era o nome do ciclista,\ ouvira de alguém que gritara por ele\ enquanto  na concorrida ciclovia olhando para frente o vento refrescava seu rosto, pedalava, pedalava... 
Na mente do observador  habitavam pensamentos, misturando o hilário aos fatos.
O relogio anda...
O ciclista pedalando alimenta a alma, voltando os olhos observa o horizonte... Céu e mar apaixonados beijam-se em águas espelhadas.
O relogio anda...
 
Deixa-se levar por sua magrela, coração; tum, tum...
    Garganta seca, 
Uma sombra, água de côco geladinha! Uau!
Na barraca a musica é cúmplice de seus pensamentos...
Ela, linda menina!... Ao contrario do que desejou ela segue...ficou sem graça.
Enquanto no chão, as folhas secas apaixonadas rolam enroscando-se na roda de sua magrela.
Neste torpor desperta com o vibrar de um Gol...Molques jogam bola na areia.
Pedalando, pedalando continua num tempo todo seu...
 

No caso do acaso dizem que nada é por acaso.
Ele o observador no banco do calçadão, estaria ali por acaso?!
O relógio não para...
Ainda detido em seus devaneios vê retornar o ciclista.
Pedalando, pedalando até sumir nas entrelinhas de sua escrita imaginaria.

Nos primeiros raios do pôr do sol, chega também o limite do vaguear de sua tarde, quais imagináveis viriam se juntar a tantos pedalares de caso e acaso...

Fica assim...

***